Tonhão presta novo depoimento à comissão apura irregularidades na doação de área para Silotrês

Câmara de Três Lagoas

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Tonhão presta novo depoimento à comissão apura irregularidades na doação de área para Silotrês
Dando continuidade ao trabalho de apuração da denúncia de irregularidade no Projeto de Lei Nº 61 que autorizava o Poder Executivo a ceder em comodato, para posterior doação, área à empresa Silotrês Indústria e Comércio e Artefatos de Ferro e Aço LTDA", os vereadores Adriano Cezar Rodrigues (Sargento Rodrigues – PSC) e membros Wellington Ricardo de Jesus (Cascão-PDT) e Davis Martinelli Leal dos Santos (PROS), que compõem a Comissão Permanente de Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário, ouviram servidores da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, durante oitivas realizadas no plenarinho da Cãmara, na manhã de quarta-feira (25). Entre eles, o Antônio Luiz Teixeira Empke Júnior (Tonhão), secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, que prestou novo depoimento. O primeiro a ser ouvido foi o diretor de Indústria e Comércio, Marcus Vinicius Ferreira de Araújo, que afirmou que teve conhecimento do pedido da área em investigação somente quando assumiu a função, no final de março. Informou ainda que tinha conhecimento sobre as benfeitorias na área, que participou da apresentação do projeto e afirmou que quem dá o parecer favorável aos projetos de concessão é o secretário. Na sequência, foi ouvida Laura Peleção Amâncio, que ocupa função administrativa na secretaria. Ela informou que, no que se refere aos projetos, apenas faz o recebimento, conferindo o que está numa lista de documentação (check list), restringindo-se somente a isso. Afirmou que não conhece a área e que ouviu falar que nela havia benfeitorias. Também servidor da Secretaria, Ottoni Ávila Ornelas informou que teve conhecimento do projeto apenas porque precisou orientar o empresário sobre a apresentação (encadernação) dos projetos, bem como não viu detalhes sobre o projeto, apenas visualizou o cronograma. O último a depor foi o secretário Tonhão. Ele foi questionado sobre uma reunião com o empresário da Silotrês, na qual o empresário disse ter tomado ciência da área. O secretário respondeu que, nesta reunião, não ofertou a área ao empresário, mas que apenas recebeu o pedido formalizado para utilizar aquela área. "Houve várias reuniões com o empresário para esclarecimentos de dúvidas. Porém, o pedido só foi protocolizado em abril", afirmou. Ele esclareceu ainda que, normalmente, quando os empresários procuram a secretaria, eles pedem sigilo por questões de negócios ou logística empresarial. Perguntado sobre a ciência do prefeito sobre esse processo, Tonhão afirmou ter analisado a documentação e o pedido, sendo esse processo de sua inteira responsabilidade, considerando a idoneidade e popularidade do empresário no município, somente aí é que houve uma reunião entre o prefeito e o empresário, para posterior encaminhamento do projeto para a Câmara, o qual foi apresentado em regime de urgência. A comissão questionou que as supostas irregularidades foram denunciadas porque no projeto não consta a área construída, pelo contrário, constam prazos e etapas para a construção dessas mesmas áreas. O secretário afirmou ter conhecimento sobre as construções existentes no local, mas que o relatório é feito com base no cadastro da prefeitura, onde não foi averbada a construção, por isso no relatório não consta. "Esse cadastro atualizado, bem como visitar a área não é de responsabilidade da minha secretaria", ressaltou. **A comissão** A retomada das oitivas ocorre por votação da maioria dos membros da Comissão Permanente de Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário, dois membros favoráveis, vereador Sargento Rodrigues e Cascão. No dia 25 de setembro, durante reunião aberta, realizada na Câmara, foi lido relatório apresentado pelo vereador Davis, relator da investigação, apontando que, em seu parecer, houve sim a possibilidade de crime, cometido pela empresa e agentes da prefeitura, ao apresentarem projeto de lei para cessão de terreno para a empresa Silotrês. Em seu relatório, Davis indicou que a denúncia seja encaminhada ao Ministério Público. Porém, em votação aberta, os membros decidiram por continuar a investigação com mais oitivas a fim de entregar um novo relatório.

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