Sindicalistas rebatem argumentos do Estado para não reajustar salário

Críticas ao Governo

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Sindicalistas rebatem argumentos do Estado para não reajustar salário
Representantes do funcionalismo público estiveram na Assembleia Legislativa nesta terça-feira (20/6) rebatendo as justificativas do Governo do Estado em não reajustar o salário. Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de Mato Grosso do Sul (Sinsap/MS), André Santiago, de 2015 a 2017 o acúmulo inflacionário foi em torno de 23%. "O discurso do governador Reinaldo Azambuja é incoerente, pois ora a economia está bem, ora está mal. Quando o assunto é aumento salarial, a crise financeira justifica a impossibilidade. Mas, as condições são positivas. Repatriação de recursos, renegociação de dívidas, depósitos judiciais bilionários e aumento de impostos comprovam que existe caixa", disse o sindicalista. Segundo Santiago, são quase 1.200 contratos de isenção fiscal, mais de 400 milhões de gastos do governo com publicidade e 2.173 comissionados na atual administração. "Se o Estado atravessa uma crise, precisam ser revistos os gastos e a renúncia fiscal. A reforma administrativa foi realizada para o equilíbrio fiscal. Quatro meses depoiso rombo com pessoal é de 76 milhões. Portanto, são questões latentes e que precisam de respostas", declarou. O coronel da Polícia Militar Alírio Vilassanti informou que o poder de compra do servidor reduziu em 20% nos últimos três anos. "Pagar em dia é obrigação do Estado. Queremos uma gestão ética e transparente. Os incentivos fiscais são questionáveis e a verba publicitária exorbitante". A bancada do PT na Assembleia Legislativa cobrou uma resposta do governo quanto aos questionamentos dos sindicalistas. O deputado Amarildo Cruz lamentou a incapacidade do Estado em pagar as obrigações de custeio em várias áreas. "Estamos caminhando para o caos e o Poder Executivo precisa dar resposta. O Estado está homologando perdas salariais". Pedro Kemp sugeriu que as contas sejam abertas aos parlamentares. "A Secretaria de Estado de Fazenda precisa fazer uma exposição sobre arrecadação, economia e gastos". João Grandão propôs que Comissão Permanente de Execução Orçamentária tenha acesso a realidade financeira de Mato Grosso do Sul. Cabo Almi (PT) finalizou os discursos ressaltando que a atual administração está perdendo a credibilidade.

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