Em nota conjunta, MPT alerta população de Três Lagoas quanto ao déficit de leitos e respiradores no sistema de saúde
Há também risco de escassez de equipamentos de proteção individual, em razão da alta demanda, e as equipes de saúde locais já estão com baixas consideráveis nos seus efetivos
Por meio de nota pública emitida nesta segunda-feira (4), o Ministério Público do Trabalho, o Ministério Público Federal e o Ministério Público Estadual frisaram que o sistema de saúde no Município de Três Lagoas ainda não está suficientemente preparado para enfrentar um surto elevado de Covid-19.
O sinal de alerta vem acompanhado de uma radiografia das atuais estruturas disponibilizadas pelo Poder Público para atender à microrregião, que abrange outros municípios além de Três Lagoas: são apenas 10 leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e 27 leitos clínicos para Covid-19. Há também risco de escassez de equipamentos de proteção individual, em razão da alta demanda, e as equipes de saúde locais já estão com baixas consideráveis nos seus efetivos, devido à contaminação de profissionais que atuam na linha de frente contra a doença.
Na nota, as instituições esclarecem que os oito respiradores doados pela empresa Suzano não serão instalados nas próximas semanas, por questões técnicas de configuração e calibração que já estão sendo providenciadas pela empresa. Além disso, há previsão de que apenas 25 dos 40 respiradores adquiridos pelo Município sejam montados a partir do dia 25 de maio, ou seja, na melhor das hipóteses, somente a partir do mês de junho as UTIs serão ampliadas na cidade.
Ao fim do documento, os três ramos do Ministério Público conclamam que a população de Três Lagoas intensifique as medidas de prevenção, mantendo distanciamento social, permanecendo em casa o maior tempo possível e, quando houver necessidade de sair, usando sempre máscara e respeitando as normas de higiene recomendadas pela vigilância sanitária.
Desde o início da pandemia do novo coronavírus, as instituições têm fiscalizado todas as medidas de prevenção, controle e organização do sistema de saúde local, participando das reuniões do Comitê de Crise e das deliberações com autoridades de saúde, da assistência social e da educação, que se refletem na coesão de entendimentos e em iniciativas de proteção dos trabalhadores e da população.
Dessa articulação social, também resulta a captação de dados e o mapeamento de informações estratégicas que balizam as medidas judiciais e extrajudiciais necessárias ao combate da crise gerada pela pandemia.
No começo de abril, as instituições reforçaram a relevância de medidas de prevenção, identificação e controle de risco da Covid-19, por meio de novas recomendações ao Município de Três Lagoas, em que propunham, por exemplo, uso da telemedicina em atendimentos não urgentes e controle de casos leves. Orientações semelhantes também foram encaminhadas ao Hospital Nossa Senhora Auxiliadora.
O Município de Três Lagoas fica na região de divisa com São Paulo, estado que registra o maior índice de infecções pelo novo coronavírus no Brasil. Dos 10 óbitos em Mato Grosso do Sul contabilizados até esta segunda-feira (4), de acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde, três são pessoas residentes em Três Lagoas. O estado tem 274 casos confirmados da doença.
Fonte: Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul
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