Ameaçado por 3 anos, empresário diz ter entregue casa sob mira de arma
José Carlos de Oliveira contou à polícia como se endividou e “perdeu” dois imóveis; ele também entregou vídeo à polícia

O empresário José Carlos de Oliveira, ex-proprietário de imóvel no bairro Monte Líbano onde foi apreendido arsenal de guerra, fio da meada para a operação Omertà, se considera um sobrevivente. Em depoimento à Garras (Delegacia de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros), ele revelou como conheceu Jamil Name Filho, 42 anos, como se endividou e “perdeu” dois imóveis para os Name, apontados pela força-tarefa como líderes de milícia armada.
Também nesta sexta-feira (25), ele entregou à polícia vídeo que diz ter sido gravado em meados de 2017, antes de encontro com Jamilzinho para a assinatura de contrato que, segundo ele, forjou a venda do imóvel (confira abaixo). No material, dividido em dois pedaços, um de pouco mais de 3 menos e outro de 12 minutos, relata uma rotina de ameaças e de cobranças que considera "a maior injustiça" pela qual uma família pode passar.
Detalha as negocições, afirmando diversos valores. Chega a dizer que a dívida somou R$ 2 milhões, de um valor inicial que, segundo ele, não passou de R$ 300 mil. A veracidade da data de gração e as informações relatadas estão sob investigação, apurou a reportagem.
O empresário na área de mercado de capitais e construção civil em Campo Grande contou que viveu três anos sob ameaça até ter a casa do Monte Líbano “tomada” pela família alvo da Omertà. No vídeo, diz ter perdido ao todo 9 mil metros quadrados, entre uma área na Avenida Guaicurus, e a casa onde foi apreendido o arsenal. Nas palavras dele, pagou em torno de R$ 3 milhões, para quitar um valor bem menor.
José Carlos alega que nunca denunciou as negociações com os Name por medo. Ele disse que teve muita dificuldade de encontrar um advogado que aceitasse representá-lo e defendê-lo, se for o caso, porque nenhum profissional que procurou ousou assumir a causa.
Empresário relata ameaças de Jamil Name Filho
Capital
25/10/2019 13:31
Ameaçado por 3 anos, empresário diz ter entregue casa sob mira de arma
José Carlos de Oliveira contou à polícia como se endividou e “perdeu” dois imóveis; ele também entregou vídeo à polícia
Anahi Zurutuza, Marta Ferreira e Kerolyn Araújo
Bem vindo ao Player Audima. Clique TAB para navegar entre os botões, ou aperte CONTROL PONTO para dar PLAY. CONTROL PONTO E VÍRGULA ou BARRA para avançar. CONTROL VÍRGULA para retroceder. ALT PONTO E VÍRGULA ou BARRA para acelerar a velocidade de leitura. ALT VÍRGULA para desacelerar a velocidade de leitura.Play!Ouça: Ameaçado por 3 anos, empresário diz ter entregue casa sob mira de arma - Capital0:00 100%AudimaAbrir menu de opções do player Audima.
Empresário se emocionou em vários momentos ao dar entrevista depois de depoimento na polícia (Foto: Henrique Kawaminami)
O empresário José Carlos de Oliveira, ex-proprietário de imóvel no bairro Monte Líbano onde foi apreendido arsenal de guerra, fio da meada para a operação Omertà, se considera um sobrevivente. Em depoimento à Garras (Delegacia de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros), ele revelou como conheceu Jamil Name Filho, 42 anos, como se endividou e “perdeu” dois imóveis para os Name, apontados pela força-tarefa como líderes de milícia armada.
Também nesta sexta-feira (25), ele entregou à polícia vídeo que diz ter sido gravado em meados de 2017, antes de encontro com Jamilzinho para a assinatura de contrato que, segundo ele, forjou a venda do imóvel (confira abaixo). No material, dividido em dois pedaços, um de pouco mais de 3 menos e outro de 12 minutos, relata uma rotina de ameaças e de cobranças que considera "a maior injustiça" pela qual uma família pode passar.
Detalha as negocições, afirmando diversos valores. Chega a dizer que a dívida somou R$ 2 milhões, de um valor inicial que, segundo ele, não passou de R$ 300 mil. A veracidade da data de gração e as informações relatadas estão sob investigação, apurou a reportagem.
O empresário na área de mercado de capitais e construção civil em Campo Grande contou que viveu três anos sob ameaça até ter a casa do Monte Líbano “tomada” pela família alvo da Omertà. No vídeo, diz ter perdido ao todo 9 mil metros quadrados, entre uma área na Avenida Guaicurus, e a casa onde foi apreendido o arsenal. Nas palavras dele, pagou em torno de R$ 3 milhões, para quitar um valor bem menor.
José Carlos alega que nunca denunciou as negociações com os Name por medo. Ele disse que teve muita dificuldade de encontrar um advogado que aceitasse representá-lo e defendê-lo, se for o caso, porque nenhum profissional que procurou ousou assumir a causa.
Empresário relata ameaças de Jamil Name Filho
00:08
/
03:00
00:00
Próximo Vídeo
×
Nesta sexta-feira (25), o empresário prestou depoimento acompanhado do advogado Rhiad Abdulahad. Ele havia sido intimado várias vezes pela Garras e não compareceu. Portanto, hoje, foi alvo de condução coercitiva.
O empresário conta que foi abordado pela polícia a caminho do escritório do defensor, mas garante já havia decidido de prestaria depoimento. “Alguém tem que parar isso”, afirmou sobre o trabalho da Garras e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) que resultado na Omertà.
José Carlos de Oliveira disse ainda, em entrevista na porta da delegacia, ter tomado coragem de revelar tudo o que sabe depois dee ter o nome citado pela imprensa, mais especificamente depois do flagrante das armas na casa, chamada pela investigação de paiol, em maio deste ano.
“Queria um pouco de Justiça, não tenho mais vida, já perdi até a saúde. Se for preciso entregar a minha vida para que isso pare, eu vou entregar, para que meus filhos consigam andar em paz nessa cidade”, completou sobre acreditar que com as revelações feitas volta a ser alvo. O empresário diz esperar que outras pessoas tenham a mesma coragem.
Capital
25/10/2019 13:31
Ameaçado por 3 anos, empresário diz ter entregue casa sob mira de arma
José Carlos de Oliveira contou à polícia como se endividou e “perdeu” dois imóveis; ele também entregou vídeo à polícia
Anahi Zurutuza, Marta Ferreira e Kerolyn Araújo
Bem vindo ao Player Audima. Clique TAB para navegar entre os botões, ou aperte CONTROL PONTO para dar PLAY. CONTROL PONTO E VÍRGULA ou BARRA para avançar. CONTROL VÍRGULA para retroceder. ALT PONTO E VÍRGULA ou BARRA para acelerar a velocidade de leitura. ALT VÍRGULA para desacelerar a velocidade de leitura.Play!Ouça: Ameaçado por 3 anos, empresário diz ter entregue casa sob mira de arma - Capital0:00 100%AudimaAbrir menu de opções do player Audima.
Empresário se emocionou em vários momentos ao dar entrevista depois de depoimento na polícia (Foto: Henrique Kawaminami)
O empresário José Carlos de Oliveira, ex-proprietário de imóvel no bairro Monte Líbano onde foi apreendido arsenal de guerra, fio da meada para a operação Omertà, se considera um sobrevivente. Em depoimento à Garras (Delegacia de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros), ele revelou como conheceu Jamil Name Filho, 42 anos, como se endividou e “perdeu” dois imóveis para os Name, apontados pela força-tarefa como líderes de milícia armada.
Também nesta sexta-feira (25), ele entregou à polícia vídeo que diz ter sido gravado em meados de 2017, antes de encontro com Jamilzinho para a assinatura de contrato que, segundo ele, forjou a venda do imóvel (confira abaixo). No material, dividido em dois pedaços, um de pouco mais de 3 menos e outro de 12 minutos, relata uma rotina de ameaças e de cobranças que considera "a maior injustiça" pela qual uma família pode passar.
Detalha as negocições, afirmando diversos valores. Chega a dizer que a dívida somou R$ 2 milhões, de um valor inicial que, segundo ele, não passou de R$ 300 mil. A veracidade da data de gração e as informações relatadas estão sob investigação, apurou a reportagem.
O empresário na área de mercado de capitais e construção civil em Campo Grande contou que viveu três anos sob ameaça até ter a casa do Monte Líbano “tomada” pela família alvo da Omertà. No vídeo, diz ter perdido ao todo 9 mil metros quadrados, entre uma área na Avenida Guaicurus, e a casa onde foi apreendido o arsenal. Nas palavras dele, pagou em torno de R$ 3 milhões, para quitar um valor bem menor.
José Carlos alega que nunca denunciou as negociações com os Name por medo. Ele disse que teve muita dificuldade de encontrar um advogado que aceitasse representá-lo e defendê-lo, se for o caso, porque nenhum profissional que procurou ousou assumir a causa.
Empresário relata ameaças de Jamil Name Filho
00:08
/
03:00
00:00
Próximo Vídeo
×
Nesta sexta-feira (25), o empresário prestou depoimento acompanhado do advogado Rhiad Abdulahad. Ele havia sido intimado várias vezes pela Garras e não compareceu. Portanto, hoje, foi alvo de condução coercitiva.
O empresário conta que foi abordado pela polícia a caminho do escritório do defensor, mas garante já havia decidido de prestaria depoimento. “Alguém tem que parar isso”, afirmou sobre o trabalho da Garras e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) que resultado na Omertà.
José Carlos de Oliveira disse ainda, em entrevista na porta da delegacia, ter tomado coragem de revelar tudo o que sabe depois dee ter o nome citado pela imprensa, mais especificamente depois do flagrante das armas na casa, chamada pela investigação de paiol, em maio deste ano.
“Queria um pouco de Justiça, não tenho mais vida, já perdi até a saúde. Se for preciso entregar a minha vida para que isso pare, eu vou entregar, para que meus filhos consigam andar em paz nessa cidade”, completou sobre acreditar que com as revelações feitas volta a ser alvo. O empresário diz esperar que outras pessoas tenham a mesma coragem.
Fonte: Campo Grande News

Time de futebol 26 de agosto/Eduardo Rocha conquista mais um troféu em campeonato Master
Partida ocorreu neste domingo, sob sol radiante, contra o time Atlântico
Deixe um comentário
Quase lá...