Secretária de Saúde e Coordenador da UPA prestam esclarecimento sobre confusão ocorrida na unidade

A mãe de uma paciente alega ter sido agredida pelo segurança do local e por policiais

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Secretária de Saúde e Coordenador da UPA prestam esclarecimento sobre confusão ocorrida na unidade

Após uma confusão ocorrida na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Três Lagoas (MS) na noite do último sábado (06), na manhã de hoje (08) a Secretária Municipal de Saúde Angelina Zuque e o Coordenador da UPA Fernando Garcia prestaram esclarecimentos a população, durante o Programa Toninha Campos.

Segundo relatos de diversos ouvintes e confirmados pela Secretaria Municipal de Saúde, uma mãe compareceu na unidade com uma criança com 37° de febre. Alterada, a mulher teria desacatado funcionários e pacientes do local, sendo necessária a intervenção da Polícia Militar.

A mulher alega ter sido agredida pelo segurança da UPA e demora no atendimento da criança. Entretanto, relatórios demonstram que a mesma foi atendida em 40 minutos. Segundo Angelina Zuque, a mulher já estava na porta do consultório quando se desentendeu com a mãe de outra criança, que disse que ela teria de esperar.

Na confusão, os servidores tiveram de acionar a polícia. Uma enfermeira chegou a tirar a criança do local e tentar acalmá-la para que não visse toda a situação. Os envolvidos na confusão foram parar na delegacia.

MEDO

Fernando disse que os funcionários da UPA estão com medo de trabalhar. Segundo ele, pessoas que não sabem o que realmente aconteceu na unidade estão espalhando o ódio nas redes sociais. "Estamos com prints de mensagens que dizem que a UPA precisa de uma chacina", disse.

Ele ainda esclareceu que o segurança que fica no local tem a única função de controlar o fluxo de pessoas na unidade, uma vez que diversos pacientes vão até o local acompanhados por toda família. Fernando ainda pediu que mães que forem consultar ou acompanhar outros pacientes para que não levem seus filhos. "As vezes a criança chega aqui saudável, mas pode sair com alguma doença".

DENÚNCIAS

Angelina destacou que na própria unidade existem meios de se fazer denúncias e resolver problemas. Em uma sala específica, um técnico conversa com o paciente e tenta acalmá-lo. São pessoas treinadas para não revidar agressões.

É importante também que o cidadão que se sentir lesado procure a Secretaria de Saúde para registrar sua reclamação, para que se possa fazer uma averiguação do caso.

A secretária ainda informou que existem câmeras de segurança em toda a unidade, para verificar problemas com servidores, problemas com médicos. Inclusive, através desse monitoramento, o coordenador consegue ver se a sala de espera está cheia, para acionar outro médico.

AUMENTO NA PROCURA

Dados apresentados por Fernando demonstram que os atendimentos na UPA, que costumavam ser entre 7 a 9 mil, passaram no último mês para 10.555. Segundo ele, isso se deve ao aumento nos casos de dengue, viroses e a demanda comum da unidade.

Segundo informou, existem quatro médicos na unidade, sendo que um é exclusivo para atendimentos de emergência. Uma questão no aumento de procura, segundo o coordendor, são as pessoas que vão atrás de atestado. Esses "pacientes", que não precisam realmente de atendimento médico de urgência, apenas sobrecarregam o sistema e aumentam a fila de espera.

Angelina ainda disse que o próprio Ministério Público não tem liberado recurso para criação de novas UPAs.

Fonte: Redação

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