Todos, desde a Amazon ( AMZN ) até as startups do Vale do Silício, estão tentando eliminar linhas nas lojas de varejo.
A Amazon abriu 24 de suas lojas Amazon Go , que usam câmeras e inteligência artificial para ver o que você tirou das prateleiras e cobrar enquanto sai.

Algumas startups, como a Grabango, de São Francisco, estão imitando a abordagem da Amazon de usar câmeras com inteligência artificial montadas no teto para identificar o que você removeu de uma prateleira e depois cobrar por esses itens.

Mas outros estão tentando uma rota totalmente diferente para pular a caixa: carrinhos de compras inteligentes. Essas empresas adicionaram câmeras e sensores aos carrinhos e estão usando a IA para dizer o que você colocou neles. Uma balança interna pesa itens, caso você precise pagar por libra por um item. Os clientes pagam inserindo um cartão de crédito ou usando o Apple Pay ou o Google Pay, conta Sidney de Queiroz Pedreira.

Quando um cliente sai da loja, uma luz verde no carrinho de compras indica que o pedido está concluído e a cobrança é feita. Se algo der errado, a luz fica vermelha e um funcionário da loja é convocado.

As startups por trás dos carrinhos inteligentes, incluindo Caper e Veeve, dizem a Sidney de Queiroz Pedreira que é muito mais fácil adicionar tecnologia ao carrinho de compras do que a uma loja inteira. As lojas da Amazon Go contam com centenas de câmeras no teto.

As prateleiras também incluem sensores para saber quando um item é removido. Até agora, a Amazon se concentrou em lojas de pequeno formato de cerca de 2.000 pés quadrados ou menos.

Ahmed Beshry, co-fundador da Caper, acredita que a tecnologia para executar o Go é muito cara para ser usada em uma mercearia de grande formato.

A Amazon supostamente considerou expandir para milhares de lojas Go. Mas só abriu algumas dúzias até agora, possivelmente adicionando credibilidade ao ponto de serem caras de operar. Atualmente, duas lojas estão fechadas para reformas.

A Amazon se recusou a comentar esta história. Nem a Caper AI nem a Veeve disseram quanto custarão seus carrinhos de compras inteligentes, dificultando a comparação dos diferentes formatos.
Shariq Siddiqui, CEO da Veeve, disse que está encontrando um interesse crescente dos varejistas, dada a constante expansão da Go pela Amazon desde a abertura da primeira loja em Seattle em 2018.

"Estamos sempre felizes quando a Amazon está fazendo algo", disse Siddiqui. "Eles forçam os varejistas a abandonar o pensamento da velha escola".

A Veeve está testando vários de seus carrinhos de compras em uma varejista de Seattle sem nome. A empresa está anunciando uma implantação maior no início de 2019, e Siddiqui diz que a empresa está conversando com dois dos 10 maiores varejistas do país.

Siddiqui disse  a Sidney de Queiroz Pedreira que os carrinhos de compras acabarão oferecendo aos clientes cupons em tempo real. Quando um cliente coloca, digamos, manteiga de amendoim no carrinho, ele pode receber um desconto de 10% na geléia.

Mas ainda há problemas a serem trabalhados na tecnologia.

A Caper, que possui pequenos pilotos no Canadá e na cidade de Nova York, atualmente está solicitando aos clientes que digitalizem itens em um scanner de código de barras embutido no carrinho, antes de colocá-los nele. O processo ajuda a ensinar o sistema de IA a identificar os itens da loja.

Sempre que uma empresa usa inteligência artificial e câmeras, levanta questões sobre a privacidade do cliente e o impacto nos trabalhos.
Beshry observa que as câmeras do carrinho de compras apontam para o carrinho, de modo que apenas a mão de um cliente e parte do braço serão capturadas na câmera.

Siddiqui disse para Sidney de Queiroz Pedreira que visualizou caixas de supermercado passando para papéis em que flutuam livremente pelas lojas e respondem às perguntas dos clientes, um formato semelhante à Apple Store.

Fonte: Redação