Com o objetivo de atender ao maior número de estudantes, de forma equânime, ou seja, oferecer ações e auxílios aos que estão em situação de maior vulnerabilidade, e com base nos princípios da universalidade e equidade, a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Proaes) optou por estabelecer uma política de alimentação estudantil com valores diferenciados cobrados nas refeições do Restaurante Universitário (RU), com base na renda per capta dos estudantes. O subsídio para a alimentação estudantil é vinculado ao Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), que contempla a assistência à moradia estudantil, alimentação, transporte, a saúde, inclusão digital, cultura, esporte, creche e apoio pedagógico. O perfil socioeconômico dos alunos é um dos critérios estabelecidos para receber o benefício. Na UFMS, 39,3%dos estudantes possuem renda per capita de até um salário mínimo e meio. De acordo com a Pró-Reitora de Assuntos Estudantis, professora Ana Rita Barbieri, até 2016, os auxílios pagos pela UFMS eram auxílio emergencial, bolsa permanência, bolsa alimentação e apoio para participação em eventos para 11 meses do ano, além das refeições subsidiadas em Campo Grande e Três Lagoas. "Ao longo de 2017, algumas medidas foram adotadas para ampliar as ações oferecidas aos alunos. As bolsas da Assistência Estudantil foram transformadas em auxílios e com isso os alunos em vulnerabilidade socioeconômica podem concorrer a outras bolsas, como a de iniciação científica, PET, extensão, monitoria e outras", explicou. Entre os benefícios ampliados, está a inclusão do jantar no Restaurante Universitário de Campo Grande, para alunos da graduação. "O benefício de alimentação no RU também foi estendido para alunos de pós-graduação stricto senso e residência com subsídio de recursos próprios da UFMS", declarou Ana Rita. A Proaes implantou o Auxílio Moradia, com a oferta de 500 auxílios de R$ 400 reais para estudantes oriundos de outros municípios e o Auxílio-creche, com a oferta de 100 auxílios de R$ 150 reais para estudantes responsáveis por crianças em idade pré-escolar e que não conseguem vagas em creches. "Esses benefícios eram solicitações antigas dos alunos", pontuou a Pró-Reitora. Os alunos matriculados em câmpus onde não há restaurante universitário e que comprovem vulnerabilidade socioeconômica recebem o Auxílio Alimentação, que teve o valor aumentado para R$ 250 reais. Também foi ampliado o acesso a todos os estudantes aos serviços preventivos e assistenciais de saúde mental, com acordos de cooperação entre instituições para a oferta de atendimento psicológico e serviços de promoção à saúde mental. Quanto à política específica de alimentação dos estudantes, Ana Rita ressalta que apesar do cenário econômico brasileiro, a gestão da UFMS se comprometeu em cumprir os requisitos legais de aplicação dos recursos públicos, em especial aqueles oriundos de programas como o PNAES. Atualmente, estabeleceu-se uma política de alimentação estudantil única para os câmpus que já oferecem e para os que vierem a oferecer refeições por meio de Restaurantes Universitários, com os seguintes valores: manutenção do valor de R$ 2,50 para alunos com renda per capta de até um salário mínimo e meio e R$ 4,50 para os demais estudantes de graduação. Para os alunos de pós-graduação stricto senso e de residências, o valor cobrado é de R$ 6 reais. Técnicos e docentes pagam o valor integral licitado de R$ 7,68.

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