Pesquisas do IFMS em Naviraí promovem desenvolvimento econômico e social da região
Fomento a projetos científicos muda realidade local, proporciona oportunidade de desenvolvimento a estudantes do Instituto Federal e leva outras escolas a fazer ciência

Os projetos de pesquisa desenvolvidos na instituição ajudam a melhorar a produtividade agrícola e criam alternativas de inclusão social. É o que revelam, por exemplo, os trabalhos desenvolvidos pelos irmãos João e Pedro Lorençone. Os dois não são semelhantes só na aparência. Os gêmeos, estudantes do curso técnico em Agricultura, compartilham uma decisão de vida: fazer da pesquisa o apoio para o desenvolvimento pessoal e, consequentemente, da comunidade onde vivem.
Os estudos desenvolvidos pelos irmãos no IFMS, ambos na área da agrometeorologia, têm como principal objetivo possibilitar o aumento da produtividade agrícola na região.
Com o projeto “Caracterização climática de Mato Grosso do Sul usando o método de Thorthwaite (1948) e suas aplicações na agricultura”, sob orientação do professor Lucas Eduardo Aparecido, João foi premiado na edição 2019 da Feira de Tecnologias, Engenharias e Ciências de Mato Grosso do Sul (Fetec/MS) com o primeiro lugar na área de Ciências Agrárias e o terceiro lugar na colocação geral.
“Nosso estado é referência no país em produção agrícola, mas temos poucos trabalhos sobre o clima, o que é de suma importância pois influencia desde o plantio até a colheita. O projeto que desenvolvo caracteriza o clima dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul por meio da análise de dados de temperatura e chuvas dos últimos 30 anos”, explicou João.
Pedro ficou em quarto lugar na área de Ciências Agrárias com o aplicativo IFClima, criado para dispositivos móveis como celulares e tablets, e que realiza o monitoramento climático diário em Naviraí.
“As fazendas da região não tinham como monitorar o clima. Então fizemos uma parceria com uma cooperativa de produtores locais. Eles compraram uma estação climática e a gente fez o aplicativo, que fica disponível no Google Play. Isso ajuda o produtor na questão da produtividade, uma vez que ele sabe, por exemplo, o melhor momento de plantar”, destacou Pedro.
Em resumo, um dos Lorençone olha para o passado e constrói parâmetros de análise que orientam o planejamento das lavouras para todo o estado. O outro analisa os dados em tempo real e fornece aos produtores informações importantes para as decisões diárias sobre a lavoura.
O envolvimento com a iniciação científica abriu novas perspectivas aos irmãos, desconhecidas antes do IFMS. "A pesquisa é o nosso futuro, que tivemos a oportunidade de conhecer no Instituto Federal. Nós queremos fazer mestrado e doutorado e, um dia, dar aulas em uma instituição federal", planejou João.
Outros projetos – O Campus Naviraí também desenvolve pesquisas que promovem a formação humanística dos estudantes e reforçam o compromisso social, outro valor do IFMS. Um exemplo é a construção de óculos capazes de permitir que pessoas com deficiência visual ou analfabetas consigam ter acesso à leitura.
Intitulado “Uma abordagem baseada em inteligência artificial para acessibilidade de pessoas com deficiência visual”, o projeto foi desenvolvido pelos estudantes Gabriel Tomazini Marani e Gabriel de Souza Góis.
“De forma resumida, o que se busca é a aplicação da visão computacional para o desenvolvimento de um produto voltado à acessibilidade de pessoas que apresentem algum grau de deficiência visual ou analfabetismo. Trata-se de um óculos para ler textos no campo de visão e reproduzi-los para os usuários. Para tanto, é necessário desenvolver tanto o protótipo da armação como o software que realiza o processamento”, explicou orientador, Maximilian de Melo.
Iniciação Científica - As pesquisas desenvolvidas no Campus Naviraí são relacionadas aos eixos tecnológicos dos cursos ofertados: Recursos Naturais (técnico em Agricultura e superior de Agronomia) e Informação e Comunicação (técnico em Informática para Internet e superior em Análise e Desenvolvimento de Sistemas).
No ciclo 2018-2019, foram investidos R$ 25,6 mil para o pagamento de bolsas aos estudantes e o custeio dos projetos. Os recursos são próprios do IFMS e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Nos últimos três anos, cerca de 50 estudantes desenvolveram projetos de pesquisa, dos quais 32 receberam bolsas e seis foram premiados em eventos científicos externos.
Fonte: IFMS

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