Debate sobre reformas trabalhista e previdenciária reuniu trabalhadores de todo o MS
Audiência Pública

Na tarde desta sexta-feira (28), trabalhadores de todos municípios de Mato Grosso do Sul, representantes de várias categorias e entidades de classe lotaram a Assembleia Legislativa, durante audiência pública proposta pelo deputado estadual Amarildo Cruz (PT), em parceria com a Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems), para debater duas das reformas anunciadas pelo Governo Temer, que tramitam no Congresso Nacional: A Reforma Trabalhista (aprovada esta semana pela Câmara dos Deputados) e a Previdenciária (PEC nº 287/2017).
"Se aprovadas, essas reformas causarão danos irreversíveis a todos os trabalhadores do nosso País, seja da iniciativa privada, da área rural, autônomos ou do serviço público, especialmente os mais humildes. Por isso se faz tão necessário esse debate", falou o parlamentar, ressaltando que a greve nacional, aderida pelos trabalhadores de todo Brasil é um recado ao Governo Temer "O movimento de hoje mostra claramente que a classe trabalhadora não aceita nenhum tipo de perda dos direitos conquistados ao longo dos últimos 70 anos com muito sacrifício", completou.
Na ocasião, o Procurador do Ministério Público do Trabalho do MS, Doutor Paulo Douglas, classificou as reformas como uma subversão do papel do Estado. "As reformas apresentadas pelo Governo Federal são uma tentativa maldosa e desastrosa de usurpar o direito das gerações atual e futura do País", falou, ressaltando que o MPT está empenhado em policiar qualquer ato que venha restringir o direito de greve do trabalhador.
O Secretário Adjunto de Relações Internacionais da Central Única dos Trabalhadores (CUT) Nacional, Ari Camargo, disse que o País vive um momento muito difícil da história. "As Reformas são necessárias, mas precisam ser coerentes. Como estão sendo colocadas é a revogação da Lei Áurea", falou referindo-se ao tempo de escravidão no Brasil.
De acordo com a doutora Elenice Hass de Oliveira, do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário, 70% dos benefícios previdenciários pagos equivale a um salário mínimo e 92% é inferior a três salários mínimos, o que coloca em "xeque" o discurso do déficit da previdência.
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