Arthur Kemishian é oitavo policial civil executado na fronteira desde 2012

Foi o primeiro caso em Sete Quedas; Paranhos e Tacuru são cidades com duas execuções de policiais em oito anos

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Arthur Kemishian é oitavo policial civil executado na fronteira desde 2012

O investigador de Polícia Judiciária Arthur Kemishian, 30, vítima de emboscada na noite desta quinta-feira (6) em Sete Quedas, a 471 km de Campo Grande, é o oitavo policial morto a tiros na Linha Internacional desde 2012. Segundo policiais envolvidos na investigação, Arthur foi vítima de crime passional, mas pelo menos outro cinco casos foram execuções atribuídas ao crime organizado da fronteira.

Ao contrário do assassinato de Arthur – cujos autores foram presos em flagrante – as mortes consideradas execuções continuam sem solução.

Foi o que aconteceu com o investigador Wescley Vasconcelos, 37, o Baiano, executado com pelo menos 30 tiros de fuzil 7.62 em março de 2018 em Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande.

A polícia sul-mato-grossense passou vários meses investigando o caso, alguns suspeitos foram detidos, mas quase dois anos depois não houve uma declaração oficial sobre as investigações. A principal suspeita é de que o narcotraficante Sergio Arruda Quintiliano Neto, o “Minotauro”, tenha mandado matar Wescley após o policial descobrir seu esconderijo na fronteira.

De acordo com o Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis), as outras mortes ocorreram em 2012, 2014, 2015 e 2016. Tacuru e Paranhos se destacam no mapa da violência, com dois policiais mortos em cada uma dessas pequenas cidades.

Foram dois policiais mortos em 2016. Aquiles Chiquin Junior, 34, foi executado a tiros de fuzil em Paranhos enquanto malhava em uma academia, no dia 14 de junho. Outras quatro pessoas foram atingidas. A morte dele foi atribuída ao Bando do Zacarias, uma das quadrilhas que na época dominavam o tráfico de drogas na Linha Internacional.

Outra execução de policial até hoje não totalmente esclarecida é de Anderson Celin Gonçalves da Silva, 36. Investigador lotado na delegacia de Jaraguari, foi assassinado e teve o corpo queimado em uma caminhonete no dia 21 de abril de 2016 em Bela Vista. Ele foi morto junto com o pistoleiro Alberto Aparecido Roberto Nogueira, 55, o “Betão”.

Fonte: Campo Grande News

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